sexta-feira, 15 de abril de 2011

SINPROESEMMA INVADE ESCOLAS PARA IMPEDIR AULAS

Num ato de desrespeito a professores e alunos que estavam em sala de aula, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), tentaram, na manhã desta quarta-feira (13), entrar nas escolas da rede estadual da área da Cidade Operária com o objetivo de realizar piquetes. Como o Sindicato não conta mais com a adesão de professores, que atendendo ao apelo da Secretaria de Educação e em cumprimento a determinação da Justiça, retornaram para as salas de aula, alunos foram arregimentados para engrossar o movimento, carregando bandeiras do sindicato.
A movimentação do sindicato aconteceu nas escolas Paulo VI, Menino Jesus de Praga e Cidade Operária I e II. O ato despertou a ira de alunos que estavam em sala de aula. Muitos foram para a porta da escola pedir que os sindicalistas se retirassem.
A gestora da escola Paulo VI, Conceição de Maria Carneiro Reis, relatou que alguns membros da diretoria do sindicato entraram na escola, impedindo que as aulas fossem ministradas e com carro de som na porta da unidade. “Eles (representantes do sindicato) estão fazendo uma baderna nas escolas para impedir que as aulas retornem à normalidade, inclusive ameaçando gestores”, denunciou Conceição de Maria, acrescentando que os professores voltaram desde segunda-feira (11) às suas atividades.
No CE Cidade Operária I, a diretora Conceição Santos contou que os grevistas adentraram ao pátio da escola, impedindo a realização das aulas, que tiveram que ser suspensas. “A escola já estava funcionando desde segunda-feira e os professores retornando às salas”, afirmou.
“Colocaram carro som enfrente à escola, entraram na escola, pedindo que os docentes não dessem aulas. Mas nossos professores disseram que retornarão amanhã (quinta-feira, 14) às salas de aula”, afirmou Francisca Cardoso Lima, gestora geral do CE Menino Jesus de Praga.     
“Estes professores só pensam no bolso deles. Eles não respeitam o direito de ninguém. Não pensam nos alunos. Não respeitam nem os colegas de profissão. Nós queremos aula, pois sabemos que no final das contas os grandes prejudicados seremos nós”, disse Dorgivan Marques, aluno do 2º ano do Centro de Ensino Cidade Operária II.
A indignação de Dorgivan é compartilhada pela aluna do 3º ano da mesma escola, Samira Vale Porto. “É uma falta de consideração com os alunos. Eles estão nos prejudicando, pois depois que eles conseguirem o dinheiro deles vão entrar na sala de aula e encher a gente de trabalho sem se preocupar com o conteúdo. Estou no terceiro ano e tenho medo, por conta deste movimento, perder o meu Enem e prazo para fazer vestibular em outros lugares”, desabafou a estudante.
Segundo a diretora Centro de Ensino Cidade Operária II, Sílvia Solange Amaral da Costa, a escola nunca paralisou suas atividades. “Desde o início, conversamos com os nossos alunos e professores e resolvemos prosseguir o nosso trabalho normalmente”, explicou Silvia Solange.
Representantes do sindicato também estiveram na porta da escola São José Operário tentando, sem êxito, retirar os professores de sala de aula.
Fonte: Blog do Décio