sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Centro de Ensino Cidade Operária II, escola-piloto do Maranhão no Novo Ensino Médio, recebe o Prêmio Territórios, edição nacional, por experiência pedagógica exitosa na pandemia

O Eletiva de pré-Itinerário Formativo “Minha quebrada tem história”, elaborado pelo professor Marcelo Costa e pelos estudantes do Centro de Ensino Cidade Operária II, uma escola piloto do Novo Ensino Médio, foi uma das 10 experiências pedagógicas potentes  premiada na  5ª edição do Prêmio Territórios, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake  e seus parceiros.

O desenvolvimento da unidade curricular teve como mote a busca pela historicidade das periferias, dos bairros populares e dos conjuntos habitacionais de ocupação recente na cidade de São Luís (MA), além da valorização das comunidades, de seus territórios e dos saberes dos e das estudantes. Diante das restrições de acesso à internet enfrentadas pela comunidade, o formato escolhido para registro e divulgação das pesquisas foi o áudio, culminando em um podcast com 14 episódios que têm como enfoque a cultura, a história e os acontecimentos relevantes dos territórios abordados.

Prof Marcelo Costa 

O professor Marcelo desafiou a turma eletiva a buscar informações, orientou e ofereceu caminhos para a pesquisa indicando boas fontes e acervos possíveis em tempos de isolamento. Os adolescentes puderam olhar para o lugar onde vivem e se expressar com liberdade na série de podcasts “Minha quebrada tem história” #MQTH. A qualidade dos trabalhos mostra que eles ampliaram seus repertórios sobre a cidade, além de valorizarem suas comunidades, fortalecendo a construção de suas identidades territoriais e o sentimento de pertencimento. Comunidades como a Praia Grande, Madre Deus, Coroadinho, Liberdade, Anil, Anjo da Guarda, São Francisco, Cidade Olímpica e, naturalmente, a Cidade Operária, tiveram suas trajetórias contadas, pelos alunos do 1º ano do ensino médio da escola. 

Abaixo seguem os programas:

A trajetória do Bairro da Madre Deus # 1: Primeiro podcast da Série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a Madre Deus, conhecido como bairro guardião da cultura popular de São Luís, palco de diversas manifestações culturais. 

A trajetória do Bairro da Liberdade # 2: Segundo podcast da Série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a Liberdade e a Camboa bairros que contam com mais de 100 anos de muitas histórias, de muita tradição cultural, além de ser um local que virou um dos maiores conglomerados urbanos de população negra do país. 

A trajetória do Bairro da Praia Grande # 3: Terceiro podcast da Série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o tradicional Bairro da Praia Grande, também conhecido como centro histórico de São Luís ou Projeto Reviver. A Praia Grande tem como características marcantes como atividades comerciais do porto marítimo, bem como o lazer e o turismo.

A trajetória do Bairro Cidade Operária # 4Quarto podcast da Série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a Cidade Operária, um dos bairros mais populosos da capital maranhense e que foi fundado em 1985. 

A trajetória do Bairro da Cidade Olímpica # 5Quinto podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a Cidade Olímpica, um dos maiores e mais populosos bairros de São Luís, que teve sua origem relacionada com a luta pela terra nos anos 1990. 

A trajetória do Bairro Anjo da Guarda # 6: Sexto podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o Anjo da Guarda - o maior e mais importante dos bairros da região Itaqui-Bacanga, além de ser um dos mais tradicionais da ilha e que teve sua origem relacionada com uma tragédia , o incêndio que atingiu várias famílias no bairro do Goiabal, no centro da cidade. 

A trajetória do Bairro São Francisco # 7: Sétimo podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o São Francisco - e sua famosa Ponte, que se tornou um símbolo da modernidade urbana da cidade. 

A trajetória do Bairro do Monte Castelo #8: Oitavo podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o antigo Areal, atualmente conhecido como Monte Castelo, um bairro conhecido pelas suas antigas e luxuosas residências em estilo europeu.

A trajetória do Bairro Praia Grande PT2 # 9: Nono podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o bairro da Praia Grande, o mais tradicional dos bairros históricos de São Luís e o local de um dos maiores e mais conservados acervos arquitetônicos dos séculos XVIII e XIX. 

A trajetória do Bairro do Anil # 10: Décimo podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o bairro do Anil, histórica que surgiu em virtude da antiga indústria têxtil pra se tornar em um dos principais e mais movimentados bairros de São Luís. 

A trajetória do Bairro do Coroadinho # 11: Décimo primeiro podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o Coroadinho, que surgiu a partir da década de 1970, de forma não planejada e ao longo dos anos se tornou uma das maiores ocupações urbanas do país. 

A trajetória do Bairro do Anil PT2 #12: Décimo segundo podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre o Anil, surgido como consequência da antiga indústria instalada instalada bairro; após isso se tornado um dos principais e mais movimentados bairros de São Luís. 

A trajetória do Calhau e bairros nobres da cidade # 13: Décimo terceiro podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a trajetória e evolução do Calhau e dos bairros nobres da cidade. 

A trajetória do Bairro da Cidade Olímpica PT2 #14: Décimo quarto podcast da série "Minha quebrada tem história" #MQTH fala sobre a Cidade Olímpica, um dos maiores e mais populosos bairros de São Luís, que teve sua origem relacionada com a luta pela terra nos anos 1990.

Em 2021, ao ganhar abrangência nacional, o Prêmio Territórios foi movido pelo entendimento de que as escolas de todo país enfrentaram enormes desafios em decorrência da pandemia da Covid-19. E, nesse sentido, buscou mapear, reconhecer e disseminar experiências pedagógicas que foram desenvolvidas desde a deflagração da pandemia e que buscaram responder aos seus desafios com estratégias consistentes e inovadoras, partindo dos princípios de uma educação integral.

Entre abril e agosto, foram recebidas 155 inscrições oriundas de escolas públicas de 22 estados brasileiros. As propostas foram avaliadas por um júri composto por especialistas nos campos da educação e cultura, incluindo representantes das instituições organizadoras. São eles: Gleyce Heitor, Natame Diniz, Beatriz Goulart, Denise Botelho, Natacha Costa e Marcio Tascheto.


Assistam à cerimônia de premiação da escola CEM II na 5ª edição do Prêmio Territórios


O Prêmio Territórios é uma iniciativa do Instituto Tomie Ohtake, coordenada por seu Núcleo de Cultura e Participação, com patrocínio da Estácio e do Grupo GPS, em parceria com o Itaú Social e em parceria técnica com a Associação Cidade Escola Aprendiz e o Centro de Referências em Educação Integral.

O prêmio oferece, às dez estratégias pedagógicas selecionadas, modos de suporte, fortalecimento e aprofundamento de suas práticas e da formação de seus realizadores e membros. Dessa forma, a comunidade escolar e os coletivos participantes serão beneficiados direta ou indiretamente.

 A cerimônia de premiação ocorreu em São Paulo em 4 de dezembro de 2021. 

As ações de premiação consistem em:

• Doação às bibliotecas escolares de livros diversos oferecidos por editoras parceiras;

• Apoio para a realização de um minidocumentário que apresentará uma parte dos processos e resultados da iniciativa, a ser veiculado nos canais de comunicação do Instituto Tomie Ohtake, patrocinadores e parceiros, conferindo visibilidade à iniciativa;

• Uma bolsa de estudos para um curso de graduação oferecida pela Estácio, que poderá ser utilizada por um aluno ou professor;

• Apoio financeiro de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o desenvolvimento da iniciativa.


 Assistam ao Documentário  Minha quebrada tem história!


Direção geral: Mariana Mitre.

Montagem: Alessandra Iglesias.

Direção de fotografia: Pablo Monteiro.

Operador de Som: Carlos Alberto.

Assistência de Som: Carlos Azuru.

Direção e Roteiro: Carolina Maria dos Santos.

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